Você alguma vez conferiu se realmente é possível viver de aposta esportiva? A possível resposta parece estar restrita a um filme de ficção. Esses filmes onde já nos primeiros 10 segundos de iniciados, identificamos os protagonistas e o argumento da trama. Assim, o estudo sobre as variáveis que influenciam uma aposta esportiva são muitas.
Muito bem, hoje vamos nos aprofundar em uma fórmula que nem sempre tem sido considerada em forma séria. Assim, talvez você não ache a resposta para saber se é possível viver de aposta esportiva, embora, certamente, vai pensar duas vezes antes de fazer as coisas. Vamos lá.
A regra do 38% tem sido vista em livros e inclusive filmes ou séries como Billions. Acima de tudo, saiba que a lógica dessas linhas não é passar fórmulas mágicas e sim, voltar a olhar a realidade de uma forma distinta.
Segundo o mito de comunicação da regra 7-38-55 esses números representam a importância de 3 grandes valorizações quando expressamos nossa vida. Essa regra foi desenvolvida pelo professor Albert Mehrabian e vai bem mais além de prognósticos. Assim, esta teoria brinda elementos para tomar decisões e deixar as dúvidas para trás.
Será que é possível viver de aposta esportiva?
Caso você adorar apostar em esportes, certamente sim. De fato, já temos falado anteriormente em pessoas como Edward Thorpe, que testaram suas teorias em cassinos. Inclusive, teorias como essas estão dando sucesso para séries como Lie to Me e a citada Billions.
De fato, estão focadas em probabilidade e margens de erro que foram criadas para especulação na bolsa de valores. Mas se abrirmos nossa perspectiva, podem ser aplicáveis em diferentes ordens da vida.
No caso de Albert Mehrabian, ele integrou mais elementos e criou uma lógica que acabou sendo uma das mais famosas da história. Vamos dar uma olhada, e vamos começar pelo próprio Albert.
Quem é Albert Mehrabian?
Albert nasceu em Tabriz, uma cidade iraniana, o 17 de novembro de 1939 em uma família de origem armênio. Talvez, o fato de ele ter nascido em Médio Oriente, em um pais como o Ira, tenha algo a ver com o intuito dessa teoria. Possivelmente, a necessidade de achar uma forma de decodificar linguagens distintas e se comunicar, entender o mundo.
Assim, em 1959, com 18 anos viajou para os Estados Unidos. Logo, em 4 anos transformou-se em Bacharel e o Mestrado em Ciências no MIT (Massachusetts Institute of Technology), em 1961. Em 1964 obteve um PhD em Psicologia na Clark University.
Desde 1964 até 1970 foi Assistente do Professorado em Psicologia na UCLA; desde 1970 até 1976 ocupou o cargo de Professor Associado e desde 1976, assumiu a cátedra de Professor. Dalí em diante, foi crescendo na área de investigação no campo da Psicologia, até hoje.
Esse homem que recebeu a língua persa como sua língua materna, tem trabalhado constantemente para acrescentar as possibilidades de entendimento. Seus aportes, bem como complemento, bem como ponto de partida são aplicados em várias ordens da vida ao longo de mais de 50 anos de trabalho ininterrompido.
A regra que pode facilitar a aposta
Contudo, na humanidade a comunicação é um grande desafio. Essas ferramentas podem ser úteis em várias áreas da vida sempre que adaptadas ou aplicadas como complemento.
Imagine a situação cotidiana de entender uma pessoa que ainda usando o mesmo idioma, pronuncia diferente, ou utiliza palavras diferentes. Sobretudo em situações de nacionalidades e territórios diferentes.
Assim, vamos agora até 1967. Mehrabian desenvolveu uma técnica que avalia a forma em que transmitimos aquilo que estamos realmente dizendo aos nossos interlocutores. Essa investigação está baseada em dois estudos prévios contidos em “Decoding Inconsistent Communications” do mesmo ano.
As porcentagens se subdividem da seguinte maneira:
- que palavras usamos (7%);
- o tom usado ao pronuncia-las, isto é, o tom de voz (38%);
- e a forma em que nos expressamos a través do corpo; a linguagem corporal envolvida (55%)
Mehrabian desenvolveu um ratio que avalia nossas palavras, nosso tom de voz e os movimentos que acompanham a transmissão de uma mensagem. Assim, o ratio está distribuído segundo a “fiabilidade” trazida pelas 3 variáveis nele consideradas.
Parêntese:
Tomamos um artigo de Ana Cristina Gonçalves, PhD Management Student, MsC HRM, HR Consultant, Trainer & Life Coach, que apoia e explica essa fórmula.
O estudo que o Professor Mehrabian conduziu com outros colegas da UCLA, junto de alunos da mesma universidade pretendia testar o poder do tom de voz e o poder da linguagem corporal, nomeadamente expressões faciais (não verbal) comparado com o poder das palavras, sozinhas, na percepção da atitude e emoções do orador, particularmente quando exista inconsistência entre a parte verbal e não verbal.
Os resultados do estudo foram publicados em maio de 1967 no Journal of Personality and Social Psychology e em junho de 1967 no Journal of Consulting Psychology. E referem que a regra 7-38-55 apenas se aplica em contextos em que exista inconsistência ou ambiguidade na comunicação de sentimentos/sensações e atitudes. Ou seja, quando existe incongruência entre as palavras, o tom de voz e a linguagem corporal (não verbal) do comunicador naqueles contextos. Ainda de acordo com o próprio autor, a regra não se aplica a todas as restantes situações ou contextos.
Ana Cristina destaca:
- fazendo uma analogia com a aprendizagem de línguas estrangeiras: se aquelas percentagens são realmente válidas, isso significaria que a aprendizagem de línguas estrangeiras poderia ser muito simplificada. Se as palavras representam apenas 7% da comunicação, deveríamos então ser capazes de, ouvindo cuidadosamente o tom de voz e observando a linguagem corporal, ser capazes de interpretar, com uma precisão de 93%, as comunicações de qualquer comunicador independentemente do idioma falado;
Tendo as palavras apenas 7% de peso na comunicação, são, no entanto, as palavras que podem e serão utilizadas como fundamento em qualquer ação processual em tribunal: somos processados pelo que dizemos e/ou escrevemos não pelo tom de voz utilizado ou a postura.
Assim, será mais pertinente referir-se que é o alinhamento entre as 3 áreas a condição fundamental para se comunicar corretamente com os outros. Palavras, tom de voz e linguagem corporal, devem ser consistentes de forma e suportarem-se entre si por forma a criarem uma harmonia facilitadora da passagem da mensagem. Na realidade, qualquer uma das componentes pode afetar os restantes e comprometer a comunicação, o que contraria a regra 7-38-55.
Então, como essa regra pode esclarecer se é possível viver de aposta esportiva?
Certamente, as investigações e os avences trazidos por Mehrabian, fornecem elementos interessantes. Fundamentalmente, para detectar os comportamentos. De certo, dos jogadores, e de todos aqueles involucrados numa partida. Aliar assim, se estão sendo “sinceros” com seus desempenhos. Isto é, podemos filtrar informações facilmente.
Contudo, é muito importante destacar que, embora os movimentos orgânicos que cada um de nós fizermos são “únicos”, eles têm subtextos que permitem identifica-los em conjunto. Assim, detectar se são coerentes ou não, segundo a quantidade de contradições que possamos detectar.
De fato, este rateio não é absoluto. Enfim, a melhor coisa a fazer é enriquecer as informações que você já tem. Aliás, se quiser aprofundar no assunto, pesquise e conte para nós os seus resultados e percepções.