As mulheres apostadoras

A história das mulheres nas apostas

Todo os dias são motivos para felicitar as mulheres de todo o mundo, não é mesmo? Por isso nós faremos nossa parte hoje e comentaremos um pouco mais sobre as mulheres. Mais especificamente, como elas se saíram ao longo da história com a atividade das apostas e como elas influenciaram a indústria. Além de olharmos para o que fazem as mulheres atualmente nas apostas esportivas online. Só ganha quem aposta!

UMA OLHADINHA PARA OS PRIMEIROS ANOS DAS APOSTAS

O jogo é tudo menos novo e ao longo da história suas regras e regulamentações tiveram mudanças drásticas. Encontramos os primeiros vestígios de jogos indo a mais de 4500 anos atrás. Várias culturas incluindo Egito, China, Índia, Grécia e Roma praticavam jogos e também apostas. Essas atividades envolviam todos: velhos e jovens, ricos e pobres, mulheres, homens e também crianças.

Enquanto que os jogos tiveram seu início a partir de rituais religiosos pagãos, atualmente as coisas são diferentes. Como resultado, se expandiu à vida cotidiana com pessoas tendo decisões importantes baseadas em resultados aleatórios como um cara ou coroa. Ou seja, a dessacralização dos jogos e sua expansão e replicação por todo o mundo é uma característica de nosso tempo.

 

Na Roma antiga, às mulheres eram permitidas jogar em Bona Déa, um festival exclusivo para mulheres. Em relação aos homens, estes podiam jogar em suas casas e em público onde eles quisessem.

 

Agora, dizer que tanto homens quanto mulheres tinham absolutamente os mesmos direitos quando eles iam jogar seria uma mentira. Peguemos a Roma antiga, por exemplo. Homens podiam jogar em ambos lugares: suas casas e em público.

No entanto, em relação às mulheres, a estas eram permitidas jogar em um festival exclusivo para mulheres: o Bona Déa. Por sorte, as regras mudaram baixo o mandato do imperador Nero. Durante seu governo, as mulheres foram permitidas a engajar-se em vários jogos e esportes públicos.

Só ganha quem aposta: AS FANTÁSTICAS SENHORITAS DO FARO

Rapidamente vamos ao século XVIII, quando o jogo público era inaceitável para as mulheres pertencentes à aristocracia. Enquanto aos homens aristocratas eram permitidos jogar nos clubes sociais, às mulheres partidárias do jogo a rotina era outra. No caso delas, era imperativo que elas fossem para lugares privados, basicamente dentro de suas casas.

Em consequência, um grupo de mulheres tornaram-se famosas por hospedar socialmente entusiastas para jogar o Faro. Esse jogo de cartas é antiguíssimo e foi extremamente popular nessa época. Por isso, elas foram denominadas de “Filhas do Faro” ou “Senhoritas do Faro”. A mais fantásticas dentre as Senhoritas do Faro eram Mrs. Sturt e Mrs. Albinia Hobart (posteriormente Lady Buckinghamshire), mas não só elas. Lady Sarah Archer, Mrs. Concannon e Lady Elizabeth Luttrell.

 

Um grupo de mulheres passaram a ser famosas conhecidas por hospedar socialmente um grupo de jogadores de Faro. Elas foram chamadas de ‘Filhas do Faro’ ou ‘Senhoritas do Fato’.

 

Chegamos agora a George III. Em 1792, fora editada a “Real Proclamação contra o Vício e a Imoralidade”. Nessa lei eram as mulheres e não os homens quem foram marcados por críticas por jogar. Não somente porque elas estavam rompendo a lei (para os homens era permitido!), mas porque simplesmente eram mulheres.

Só ganha quem aposta: AS MULHERES APOSTANDO NO VELHO OESTE

É claro que cada período da história teve mulheres apostadoras, porém fiquemos um pouquinho pelo bom, selvagens e Velho Oeste. Quando pensamos nas salas de pôquer no Velho Oeste, você provavelmente imagina um grupo de homens (de preferência sujos). A eles não lhes podem faltar um copo de uísque do lado, armas, gritos, muito glamour e alguns acordos.

 

Algumas mulheres jogadoras de pôquer eram tão famosas quantos homens no Velho Oeste – conhece a Poker Alice?

 

Porém havia mulheres apostando aí também! Não era uma coisa cotidiana que passava todos os dias, claro, mas não era ilegal para uma mulher apostar contra um homem. Algumas mulheres jogadores de pôquer eram tão famosas quanto homens no Velho Oeste. Nomes conhecidos: Kitty Leroy, Poker Alice e Lottie Deno. Sem esquecer, por suposto, de Maria Gertrudis “Tules” Barceló, para falar de apenas algumas.

Nós adoraríamos falar sobre cada uma dessas estrelas femininas das apostas, porém provavelmente passaríamos o dia aqui nisso. Consequentemente, vamos focar em apenas uma delas: Poker Alice. Seu verdadeiro nome era Alice Ivers e ela apostou por todo o Velho Oeste – do Novo México ao Arizona. Além desses ela passou por Oklahoma, Kansas, Texas e Dakota do Sul. Alice também quebrou a banca no Novo México forçando o dealer a FECHAR a casa! Já ouviu falar na Deadwood (cara-de-pau), não o filme, de Dakota do Sul? Pois bem, era ela. Alice foi uma lenda ali!

 

Graças a indecifrável poker face de Poker Alice ela normalmente ganhava algo como $6000 em uma noite.

 

Poker Alice ganhou um enorme número de apostadores homens numa mesa de pôquer. E graças a sua brilhante cara-de-pau – depois chamada de poker face – Alice tinha uma vantagem que lhe dava grandes lucros. Ela normalmente ganhava algo como $6000 em uma noite. Três maridos, um revólver calibre 38 e seu próprio salão foram algumas das coisas que Poker Alice teve.

Só ganha quem aposta: SÉCULO 20 EM LAS VEGAS

O século 20 correu e os jogos e as apostas permaneceram ainda como uma área dominada por homens. De qualquer maneira, durante a Segunda Guerra Mundial quando muitos homens trabalhadores estavam cruzando o oceano, as mulheres ocuparam os espaços. No primeiro lugar o Reno, então Las Vegas e depois dealers mulheres deixaram de ser uma curiosidade!

Confira alguns dos nomes mais famosos daquele período:

  • Shirley Brancucci: A primeira dealer de Baccarat mulher em Las Vegas que conseguiu provar-se durante o tempo. Porém continuamente sofreu experiências sexistas e não raro foi alvo de objetificação.
  • Judy Bayley: Normalmente chamada de A Primeira Dama do Jogo e a primeira mulher a sozinha ser proprietária de um enorme ressorte em Las Vegas.
  • Claudine Williams: Foi quem abriu um clube de jogos fora do horário comercial com outra mulher (tinha 20 anos de idade). Ela foi a primeira jovem a ser adicionada ao Hall da Fama do Nevada Gaming.
Só ganha quem aposta

Qual é a cara de poker?

Só ganha quem aposta: MULHERES PROFISSIONAIS DE POQUER

O ano de 1977 marcou um importante momento na história das mulheres no jogo. A causa de isto porque foi o ano do primeiríssimo torneio feminino de pôquer (World Series of Poker – WSOP). Ao longo dos anos houve numerosos incidentes. Como resultado, por exemplo, homens boicotando o evento, citando leis anti-discriminatórias usadas para ofender as jogadoras, contudo não focaremos nisso.

Em vez disso, nomearemos algumas das mulheres mais famosas e bem-sucedidas do mundo do pôquer:

  • Vanessa Selbst: A única mulher a ser número 1 no mundo, segundo o Global Poker Index.
  • Kathy Liebert: Ela venceu o primeiro evento de Party Poker Million, em 2012. Este foi o primeiro torneio com prêmio limitado ($1 milhão de dólares).
  • Annie Duke: Ela ganhou o bracelete de ouro, em 2004, na WSOP e está acostumada a liderar a lista das jogadoras mais premiadas do mundo. O recorde atual está com Vanessa Selbst.
  • Annette Obrestad: A pessoa mais jovem na história a vencer o bracelete de ouro na World Series of Poker – Europa, (2007).
  • Vanessa Russo: Conhecida como Lady Maverick tem tido uma lucrativa carreira profissional como jogadora de pôquer desde 2005.

 

Só ganha quem aposta: A HISTÓRIA EM PROCESSO

As apostas online, naturalmente, foram mudadas por e para mulheres. Atualmente mais ou menos metade das pessoas que jogam nos cassinos online são mulheres! No que se refere às posições executivas na indústria dos jogos de apostas, a coisa é outra. As mulheres ainda permanecem com poucos lugares em comparação aos homens. Porém vamos ver alguns dos nomes que definitivamente são importantes:

  • Patricia Becker: A primeira mulher a ser escolhida como Conselheira para a Associação Internacional de Gaming Advisors. Com mais de 35 anos de experiência no mundo dos jogos de apostas em todo o mundo, ela é especialista em questões regulatórias.
  • Virginia McDowell: A única mulher presidente e CEO da maior empresa de operações de apostas desde 2007 até sua aposentadoria. Ela foi agraciada por vários prêmios prestigiosos.

 

E aí, você conhece mais algumas mulheres que fizeram a diferença na história dos jogos ou das apostas? Se sim, comenta aqui com a gente!